Sporting Clube de Portugal 2012/2013

O Sporting partiu para este campeonato com altas expectativas, as entradas e saídas estratégicas, tanto a nível financeiro como desportivo, trouxeram esperança aos adeptos de que este ano a equipa seria capaz de lutar pelo titulo. Mas o problema do Sporting não se revelou só dentro do terreno com algumas exibições aquém do esperado, ficou patente também na dificuldade que Sá Pinto teve em perceber onde estava a justificação para essas exibições. O treinador leonino pegou nas peças ao seu dispor e colocou a equipa que mais se identificava com as suas caracteristicas em rodagem nos relvados, ou seja assente num principio de raça e coração. O que Sá Pinto se esqueceu é que é sempre necessário alguma magia, alguma criatividade a meio campo. As jogadas de rotura que o Sporting apresentou enquanto o meio campo era Gelson/Elias/Adrien foram sempre protagonizadas por Carrillo que joga demasiado a frente sem ter o apoio ao centro de um criativo (Adrien nunca conseguiu ser um verdadeiro "10" nas primeiras jornadas). O plantel está forte talvez o mais forte dos últimos anos. Existe juventude, experiência, criatividade, velocidade, raça e irreverência falta apenas táctica, a táctica ideal para fazer com que todas as pedras tenham um papel fundamental ao longo do campeonato. Na baliza Patrício é Rei e Senhor embora Marcelo seja uma boa alternativa. Defesa entregue a Cedric, Rojo, Boulahrouz e Insúa/Pranjic, com Xandão e Carriço na 2a linha de centrais e Árias na sombra de Cedric. No meio campo é onde existe fartura. Jogadores com capacidade e aptidão para fazer o lugar de trinco sao 5: Carriço, Gelson, Rinaudo, Elias e Adrien. Talvez por isso Sá Pinto tenha tido dificuldade em escolher um. O número "10" indiscutível para titular será Izmailov sempre que tiver apto, André Martins e Adrien também poderão fazer esta posição.
Ou seja, a meu ver, os leões deveriam optar por um trio a meio campo constituído por Rinaudo, André Martins/Schaars e Izmailov quando teem de assumir o jogo e por Rinaudo, Gelson (ou Elias) e Izmailov quando o jogo exige mais músculo e mais consistência defensiva.
Na frente o Sporting apresenta as posições nas alas bem asseguradas com opções como Carrillo, Labyad, Capel e Jeffren. Todos eles rápidos e fortes a desequilibrar no um para um. No centro do ataque a opção clara recai sobre Wolfswinkel sendo que Viola mostrou neste último jogo vontade para lutar por um lugar no onze. O Sporting tem tudo para construir uma boa base para que possa atingir o verdadeiro potencial ainda esta época e para que possa dar pelo menos a alegria aos seus adeptos de se tornar uma equipa consistente com o valor que lhe é devido. Falta apenas saber se Sá Pinto é o treinador ideal para isso.